A mutação genética no gene SCN2A é complexa e desafiadora. Seus efeitos variam entre epilepsia de difícil controle, atraso no desenvolvimento neurológico, distúrbios motores e comportamentais, além de transtornos do espectro autista (TEA).
Por isso, o tratamento não pode ser limitado a consultas pontuais com um único médico. Ele exige uma abordagem integrada, com uma equipe multidisciplinar especializada que acompanhe o paciente em todas as suas necessidades — físicas, cognitivas e emocionais.
O tratamento multidisciplinar é aquele realizado por uma equipe de profissionais de diferentes áreas da saúde, que trabalham de forma coordenada para oferecer um cuidado mais completo ao paciente.
No caso da SCN2A, isso significa combinar o conhecimento de:
Como os sintomas e o grau de impacto variam de paciente para paciente, a atuação conjunta desses profissionais é o que permite uma evolução mais positiva e individualizada.
O neurologista infantil é geralmente o primeiro profissional a acompanhar o paciente com SCN2A, especialmente nos casos em que há epilepsia precoce.
As funções do neurologista no tratamento:
A especialização desse profissional é crucial, pois nem todos os medicamentos funcionam para todos os tipos de mutação SCN2A. Uma abordagem errada pode piorar os sintomas.
Veja mais sobre exames e diagnóstico em: Como é feito o diagnóstico genético para SCN2A?
Geneticista clínico
Fonoaudiólogo
Terapeuta ocupacional
Fisioterapeuta neurológico
Psicólogo infantil
Psicopedagogo
Nutricionista
Pode sugerir dietas terapêuticas (ex: cetogênica) para controle de crises
O ideal é buscar centros especializados em neurologia infantil ou doenças raras. Se isso não for possível, você pode montar a rede aos poucos, com base nas prioridades clínicas do paciente.
Dicas para famílias:
Participe de grupos de apoio, como os oferecidos pela SCN2A Brasil, para trocar experiências com outras famílias
Ausência de uma abordagem integrada pode levar a:
Quanto mais precoce e completo for o tratamento, melhores são as chances de desenvolvimento e qualidade de vida.
De acordo com a Child Neurology Society, o acompanhamento interdisciplinar é considerado fundamental para o sucesso terapêutico em doenças neurológicas raras, como as encefalopatias epilépticas.
Além disso, um estudo publicado na Nature Reviews Neurology destaca que pacientes com epilepsias genéticas acompanhados por equipes integradas apresentam:
Nenhum profissional consegue tratar a SCN2A sozinho. A condição é complexa, progressiva e exige uma abordagem humanizada e integrada. O tratamento multidisciplinar é o caminho mais eficaz para garantir que cada aspecto da vida do paciente seja cuidado com atenção e respeito.
A SCN2A Brasil está ao seu lado para te orientar, acolher e conectar com profissionais e outras famílias que enfrentam os mesmos desafios.
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